Sem dizer adeus jamais.
A primeira coisa que pensei ao acordar ontem de um cochilo e ler que o ator de Chaves havia morrido foi: não consigo acreditar! A verdade é que todos já esperávamos que esse dia fosse acontecer, mas agora que chegou, não tem alma que aguente.
Como muitos brasileiros, desde pequeno eu asistia Chaves e Chapolin e sempre adorei! Conforme fui crescendo, passei a perceber o quão geniais essas séries são. Fiquei aficcionado! Atualmente assisto aos programas do Chespirito quase todos os dias, em espanhol mesmo, não só como forma de praticar o idioma, mas sim por puro amor a cada personagem criado por esse gênio, Roberto Bolaños. Anos atrás eu acordava às 5 da manhã só pra poder ver os esquetes de Chaparron Bonaparte que não passavam de dia. Nem sei o que dizer, só tenho que agradecer esse homem por fazer a minha vida melhor.
Em 2011, Chespirito recebeu um tweet que ele achou bastante esperto e quero dedicá-lo a ele:
"Eres el Don Ramón de mi corazón: no pagas la renta pero nadie te quiere sacar de ahi".
Além da música Boa noite, Vizinhança, tocaca no final da saga de Acapulco, que vai emocionar qualquer um, reuni algumas das mensagens e imagens que mais me emocionaram nessas últimas horas e gostaria de compartilhar com vocês.
Por favor, "que no panda el cúnico", "tómelo por el lado amable", porque Roberto Gomez Bolaños, el cómico favorito de muchos se nos "fue sin querer queriendo". "Tenía que ser el chavo del 8". "Por que causa, razón, motivo o circunstancia", no lo sabemos. Y es que "me lleva el chanfle". "Bueno, pero no te enojes", porque es como sí Dios hubiese dicho, "síganme los buenos", y el saltó y dijo, "eso, eso, eso, eso". "Ya me dio cosa", que Chespirito "ya no se junte con esa chusma", discúlpenme pero "se me chispoteo". "Lo único que me faltaba" es pedirle a esta "chusma, chusma, chusma," que le den un me gusta a mi estatus y sino, "no me simpatizas", "anda, di que sí, di que sí, siiiiii?" Y a los que no les gustó, "pues me doy". "Sale y vale". "Y ahora quién podrá defendernos?"
Alô, pessoal do céu! Preparem um belo sanduíche de presunto, um suco de limão, que pareça tamarindo e tenha gosto de groselha, coloquem o filme do Pelé para passar no telão, um bilboquê novinho e um pirulito desses bem grandões. O chavinho está voltando para casa. Isso, isso, isso. Agora vai, finalmente, ser apresentado para os pais, ganhar roupa nova, poder dormir em uma cama bem macia e jogar futebol com uma bola de nuvem. Agora não tem mais piripaque, brinquedo velho, pipipipi ou cascudo na testa. Podem avisar aos tangamandapianos que o Jaiminho já reencontrou o seu velho amigo. Seu madruga também está feliz, pronto para continuar com as aulas de boxe. Avisem também, lá na Vila, que o Sr. Barriga pode entrar sem se preocupar com qualquer acidente, que a dona Florinda precisa contratar um novo garçom para o restaurante e para o Professor Girafales que, infelizmente, terá que retirar o nome do Chaves da chamada da escola. Tratem de dizer ao Quico e a Chiquinha para tirarem essa tristeza dos olhos e se lembrarem da promessa que fizeram: despedir sem dizer adeus jamais. O Chavinho está bem, brincando com o Godinez no carrossel e jogando ioiô com os anjos em uma praia como a de Acapulco, um verdadeiro paraíso, muito diferente da casa da Bruxa do 71. Meu amigo de infância colocou a trouxinha nas costas e se mandou. Eu sei Chaves, foi sem querer querendo. Que travessura a sua, nos deixar assim tão de repente. Tinha que ser o Chaves mesmo. Vá com Deus!
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